Mas por que falar de música eletrônica num blog cujo foco tem sido o new rock e o indie?
Em primeiro lugar porque sei que o Gabriel também curte muito música eletrônica!
E em segundo lugar porque o eletrônico é de alguma forma um filho do bom e velho rock’n roll. Esse assunto será um capítulo a parte, mas de maneira bem resumida, o primeiro grande expoente da música eletrônica é uma banda chamada Kraftwerk, que em 1970 começou a incorporar efeitos eletrônicos à sua base de rock experimental.
A partir do Kraftwerk, a música eletrônica começou a se desenvolver, atingindo seu auge comercial no final da década de 90 e se sustentando até hoje através de vários estilos como techno, trance, house, electro, etc.
Bom, minha jornada nesse blog irá se concentrar no estilo que mais gosto e com mais similaridade com o rock, que é o electro. Mas serei ainda mais específico e irei falar de uma vertente do electro que surgiu no final dos anos 90 em Nova York, chamado electroclash.
O termo electroclash foi criado pelo DJ e produtor Larry Tee para descrever um estilo de música que combina New Wave, Synthpop, Techno, Punk com muita performance de palco de seus artistas.
Ao longo das semanas, vamos falar aqui sobre os principais nomes do electroclash, como Miss Kittin, Fischerspooner, Felix da Housecat, Peaches, entre outros.

Mas para começar, vamos falar do cara que deu inicio a tudo. Larry Tee é uma figuraça de Nova York, que em 2005 foi listado como uma das “ 50 pessoas mais repulsivas ” pela imprensa ‘ trend-maker’ local. Com essa eterna relação de amor e ódio com a imprensa, Tee conquistou enorme espaço como DJ e produtor, lançando grandes nomes no mercado como Avenue D e Scissor Sisters.
No começo dos anos 2000, Tee criou e registrou o termo Electroclash, que se tornou tão conhecido que passou a aparecer no Oxford Dictionary.
Em 2003, Larry Tee lançou um álbum que mudou a história do Electroclash, a coletânea The Electroclash Mix.
É um álbum delicioso de ouvir e indicado para quem gosta de uma mistura bombástica de punk, anos 80 e eletrônico!
O álbum começa com a explosiva Extreme Fashion, de Tobbell Von Cartier, mas quero destacar 4 tracks que me fizeram viciar nesse estilo:
A versão de Race Car, do FPU é contagiante. Pega todo o hipnotismo da versão original e coloca a batida e o vocal sexy da cena clash. Mas o ponto alto é a mixagem com Joint the Chant, do Nitzer Ebb, um clássico do Industrial Dance.
Um outro grande momento do álbum é I'm Not a Sound [2Raumwohnung Remix], um track com uma batida raivosa e contagiante, made in Germany.
O terceiro destaque, se não é o melhor track do álbum, é o mais gostoso de ouvir e um dos que melhor traduz para mim o que é o electroclash. Airplanes, do DJ alemão Vostok é uma ótima combinação de vocal feminino com muito synth-pop e uma letra fácil e grudenta.
Por fim, o melhor track na minha opinião, e que me apresentou meu artista predileto da cena eletrônica – Vitalic. A música Visions é para ser ouvida num dia e momento de puro escapismo! O som te convida desde o começo a viajar e quando o vocal entra, com um estilo gótico, é impossível ficar parado!
Para quem quiser ouvir as musicas que comentei aqui em formato de playlist no YouTube:
Por hoje é só, espero que tenham gostado. Semana que vem volto com mais um pouco do mundo do electroclash!
Abs
Lóis
Adorei o post! Quando se fala de música eletronica, são tantas influências, tantos esilos que se misturam que nem sempre é fácil identificar o movimento. Achei ótimo saber de onde vem musicas que eu curto tanto como Fisherspooner e Miss Kittin ( que o Lóis me apresentou).
ResponderExcluir